Um Homem anda pela cidade, passos incertos, cabeça baixa, olhar de solidão publicado. Procura um lugar quieto e calmo onde não possa ser incomodado ou julgado. Senta em um banco de praça e se perde vendo os passantes e os estáticos. Entrelaça seus olhos a imagens e observa apático...
... sob a sombra de uma árvore, encolhidos e com olhos vidrados, Anjos sujos levam pequenos sacos aos rostos estraçalhados.
Intoxicação! Solução?!
... do outro lado da rua, a sangrar seu perfume, uma Ninfa flutua. De um lado a outro ela anda e canta prazeres aos animais que passam e por vezes ali mesmo derramam em sua taça.
Degeneração! Prisão?!
Passa quase ao seu lado um demoníaco Lorde com sua capa sedosa. Executivo executando a execução do coração. Fala em latim e late e se enfurece... e o Logos esquece.
Profissionalismo! Egoísmo?!
Um homem levanta e põe-se a andar e novamente a tropeçar. E em cada esquina esbarra em uma cena de involução. Mas perto está seu despertar.
Entra em um bar e mendiga um copo d'água, uma Dama defumada e gordurosa o serve com seus olhos chorosos de escravidão, enquanto um Demônio gritão quase o expulsa do lugar, com seu olhar.
E a Dama?...
Servil! Desistiu?!
Um Homem bebe a água infectada e segue seu caminho num sútil cambalear. Logo encontra um lugar onde não possa ser importunado, talvez... julgado. Entra em uma Igreja , está vazia, há um e outro, aqui e lá, mas vazia ela está.
Senta em um banco qualquer e tira de seu bolso um pedaço de papel e põe-se a escrever preocupado, mas decidido, irado, mas comovido...
... sob a sombra de uma árvore, encolhidos e com olhos vidrados, Anjos sujos levam pequenos sacos aos rostos estraçalhados.
Intoxicação! Solução?!
... do outro lado da rua, a sangrar seu perfume, uma Ninfa flutua. De um lado a outro ela anda e canta prazeres aos animais que passam e por vezes ali mesmo derramam em sua taça.
Degeneração! Prisão?!
Passa quase ao seu lado um demoníaco Lorde com sua capa sedosa. Executivo executando a execução do coração. Fala em latim e late e se enfurece... e o Logos esquece.
Profissionalismo! Egoísmo?!
Um homem levanta e põe-se a andar e novamente a tropeçar. E em cada esquina esbarra em uma cena de involução. Mas perto está seu despertar.
Entra em um bar e mendiga um copo d'água, uma Dama defumada e gordurosa o serve com seus olhos chorosos de escravidão, enquanto um Demônio gritão quase o expulsa do lugar, com seu olhar.
E a Dama?...
Servil! Desistiu?!
Um Homem bebe a água infectada e segue seu caminho num sútil cambalear. Logo encontra um lugar onde não possa ser importunado, talvez... julgado. Entra em uma Igreja , está vazia, há um e outro, aqui e lá, mas vazia ela está.
Senta em um banco qualquer e tira de seu bolso um pedaço de papel e põe-se a escrever preocupado, mas decidido, irado, mas comovido...
"Declaro, para os devidos fins, que não me encontro mais em condições de vivenciar meu trabalho, por motivos de ordem pessoal e mundial.
Estou intoxicado e pra mim não há solução. Sinto-me um prisioneiro e estou a degenerar, sinto ser egoísta e não querer ajudar, mas não é questão de profissionalismo, é muito pessoal. Não quero mais ser um servo desta empresa abismal.
Eu desisto!
E com esta lâmina, assim como eu, tão banal, assino e torno um fato o meu Pedido Demissional."
Estou intoxicado e pra mim não há solução. Sinto-me um prisioneiro e estou a degenerar, sinto ser egoísta e não querer ajudar, mas não é questão de profissionalismo, é muito pessoal. Não quero mais ser um servo desta empresa abismal.
Eu desisto!
E com esta lâmina, assim como eu, tão banal, assino e torno um fato o meu Pedido Demissional."
*O que vemos e sentimos do mundo é apenas o reflexo de nós mesmos.
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Isabel Batista