Desejo a Todos um Feliz Natal
Repleto de Luz e Amor!
A POESIA SE FORMA DOS FRAGMENTOS DO MEU UNIVERSO INTERIOR QUE VÊM À CONSCIÊNCIA... MINHA ESSÊNCIA! SENTIMENTOS, DORES E ÊXTASES, ALEGRIAS E TRISTEZAS. EMOÇÕES VIVIDAS, SONHADAS OU ESCONDIDAS... LATENTES! MAS AINDA DESCONHECIDAS SEMENTES. MEU DIÁRIO, MEU INTERLÚDIO, MINHA CATARSE, MEU DELÍRIO. AMOR E GUERRA, COMÉDIA E DRAMA... EM MIM... VIDA HUMANA! IMPRESSÕES SOBRE O MUNDO EXTERNO E INTERNO, FILTRADOS PELOS SENTIDOS E PELO CORAÇÃO DE UMA MULHER... EM ETERNO E POÉTICO DEVANEIO.
Desci ao abismo
Trilhei caminhos pelo inferno andando sobre crânios e restos mortais
Pedaços de minha contínua metamorfose
E em mais um momento, novamente me desprendia do que era e não mais olho pra trás...
Deixando escorrer de mim o que não mais alimento
Mas ainda em luto e luto pra vislumbrar o que agora sou
Então colhi as conchas que meu mar de lágrimas deixava sobre eles
Desincrustei delas as pérolas de meus sentimentos
E com elas fiz meu colar de lembranças brilhantes como estrelas
Estendi-as no céu de meu coração
E dei nome as constelações do meu ser
Entre elas brilhavam teus olhos que caíram ao solo como sementes e brotaram
Surgiu uma imensa árvore com muitos frutos
Sentamo-nos eu e tu a saboreá-los
E conversando decidimos a quem mais iríamos amar daqui em diante
E tu me olhou com teus olhos de estrela e disse...
A nós mesmos! A todos! E a mais ninguém...
E então eu disse... Certo, Adeus!
Não sei agora o que sentir, o que pensar
Sinto em mim um latejar
Mas lânguida e esquálida ainda estou
Todos os sentimentos, todas vontades que de mim ou de fora surgir
Digo Não!
Nada pode me parar, me atrasar de me cumprir
Quero viver o momento de sublimar
Sentir a metamorfose, o desabrochar
Esquecer todo o tormento de ter que transmutar
E em fim apenas me recriar
Me sinto semente em germinação
Na paz que me sinto e crescer
A tempestade passou , mas ainda ouço o ressoar do trovão
A umidade fértil me faz refrescar
O intimo árido do meu próprio ser
Nada agora a oferecer,
Nenhum espaço a conceder
A não ser ao que lá em meu coração já está
Quero agora mais me conhecer
Quero me amar
Organizar minha mente o lixo expulsar
Sentir a alegria da liberdade
Com sua brisa colorida e perfumada
Um sabor de mim, agora quero ter
Quero renascer
Em algum momento me encontrei...
Assim... Deslumbrada!
Vendo o brilho sereno das flores e suas almas perfumadas.
A alegria flanava livre.
Eu a sonhar!
A presentir o amor,
A encontrar...
Véus de brilhos luminosos,
A construir fantasias encantadas.
Em algum momento me encontrei...
Ferida! Rejeitada!
A perceber as sombras degustando minhas dores.
A tristeza me precipitava em lágrimas.
Labaredas negras me consumiam...
Eu prostrada!
Em algum momento me encontrei...
Tecendo forças...
Lancei os véus às labaredas,
Extingui as labaredas com minhas lágrimas,
Sorri serenamente e encontrei meu próprio aroma.
Amor por mim!
Eu a amar!
Em algum momento me encontrei,
Melhor do que antes e grata.
Sempre à despertar!
Não pude-lhe mostrar o amor...
Meu aroma, minha cor.
Protegeu-se e se esgueirou sob os muitos mantos de sentimentos presenteados.
Não pude-lhe mostrar toda verdade...
Ele preferiu deslumbrar-se com o encanto que causa aos olhos deslumbrados
Sempre pronto a sorrir e despertar algo, é sua necessidade.
Humana vaidade.
Em sua mente um varal repleto e enfeitado de afetos conquistados,
Debatem-se eles tentando tomar mais espaço,
Os adornos repelem-se vez ou outra, enciumados
E do coração sopra leve brisa agitando seus troféus,
Uma pulsação sem sentido, sem sentimentos, ao léu
Sem aspirar o perfume de suas fibras
Apenas admirando seus padrões inigualáveis
E ignorando-os vez ou outra para manter a rotina
Sentindo-se rei!
Já possui seu manto "irReal".
Sou entre eles apenas mais um, algumas listas, petit pois, florzinhas ou trançados
Me pré supus especial!
Iludi-me, sinto-me desbotada e assim já sou para os teus olhos de caçador
Que já mira a próxima nuance de cor
Preferiria cair ao chão num dia de chuva e lágrimas, desintegrar
Somente a ti pertencer
Tornar-me parte de você
Mas preferes deixar-me ao relento de tua vida.
Mas um dia a ventania...
Talvez outrora me sintas o perfume, mesmo que já então, aquecendo outro coração
E refletir... Perdi do varal uma bela cor.
Mas nunca se entristecer, pois sempre há outras belas cores...
Mas nunca se descuidar, pois sempre há ventanias...
Mente quem tem certeza do tempo.
Há momentos em que nos aproximamos tanto dos amigos
que adentramos em seus portais mais escondidos...
Portais expressos,
Abertos...
Em suas palavras...
Em um olhar...
Por vezes descobrimos coisas
que nem eles acessam em si mesmos...
... Pedras preciosas
E algumas também ilusórias.
Talvez nossas pedras rolem pelos olhares e palavras
chegando ao outro e deixando fragmentos
que só a alma, com sua sensibilidade, sente.
Talvez estes fragmentos agora façam parte de nossa alma.
Te Amo Meu Docinho!
Isabel Batista