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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Há que se perceber... Feliz Natal!

Arte de Vera Lucia Castro Valareschini

Há que se perceber que o Cristo é universal e não propriedade de nenhuma religião.

Que Ele nasceu e renasce pra toda humanidade, pois Seu Amor é incondicional.

Que Ele veio não para ser adorado como um deus, mas para ser seguido em seu exemplo de amor , luz e verdade.

Há que se perceber que não importa tanto se Papai Noel vem trazer presentes através do dinheiro ou da solidariedade, pois que Ele, Jesus, nos trouxe o maior e melhor dos presentes, a semente que germina há mais de 2000 anos para nos despertar a consciência e o coração sobre o que é o Amor.

Que o Amor não foi só uma mensagem expressa em palavras a ser fortalecida em nossas mentes, mas um sentimento a ser cultivado em nossos corações e praticado em nossas vidas.

Há que se perceber que cada um cuida de sua própria semente e a cultiva em seu próprio ser.

E os frutos serão de todos.

Há que se perceber que o Natal não é apenas a celebração do nascimento do Cristo, mas a renovação da verdade em cada um de nós, de que só o Amor importa.

Há que se perceber o Natal em nós, buscando e cultivando sua verdade todos os dias de nossas vidas.

Celebre o nascimento do Cristo!


Celebre sua própria renovação, junto de todos que ama, com toda a alegria.


Celebre sua renovação com a humanidade, com toda a esperança de que o mundo melhora a cada dia na medida em que nós mesmo melhoramos como seres humanos.

Celebre sua renovação, consigo mesmo, com toda a fé de que Deus está em todos nós, principalmente nas atitudes de fraternidade.

Celebre sua própria renovação com todo amor, em todos os níveis do seu ser.

Há Que Se Perceber que o Natal significa a renovação da luz interior na verdade do Cristo.


E então tenha um Feliz Natal hoje!

E então seja um FELIZ NATAL sempre!

Desejo a Todos um Feliz Natal 
Repleto de Luz e Amor!

Isabel Batista

sábado, 7 de novembro de 2009

Ira Vislumbrada




Na rusga da dor intensa que invade o trôpego coração
Acelera desentupindo as artérias do medo
Torcendo as fibras cristalizadas
Desferindo contra o peito seu pulso violento
O germe acorda e evoca poder
Desabrocha suas rubras pétalas
Vocifera a desordem
Intoxica o invólucro da medula
A carne treme consternada
As garras gestam um desejo crescente
A saliva envenenada corrompe a palavra
As lágrimas ácidas rompem trincheiras amargas
O olhar explode em mil cores quentes e viscosas
Sentidos vermelhos e brilhantes de cólera...
Como o reflexo da adaga sob a sanguínea lua.
Nua, a alma aprisionada se angustia
Debate-se entre paredes do casulo da raiva
Verme faminto é a ira que anima o ego pútrido
É a imagem vislumbrada pelos olhos cristalinos da consciência
A faísca é um sinal!
A catarse o final! 
Observo-me...


domingo, 3 de agosto de 2008

Ciclos


Desci ao abismo

Trilhei caminhos pelo inferno andando sobre crânios e restos mortais

Pedaços de minha contínua metamorfose

E em mais um momento, novamente me desprendia do que era e não mais olho pra trás...

Deixando escorrer de mim o que não mais alimento

Mas ainda em luto e luto pra vislumbrar o que agora sou

Então colhi as conchas que meu mar de lágrimas deixava sobre eles

Desincrustei delas as pérolas de meus sentimentos

E com elas fiz meu colar de lembranças brilhantes como estrelas

Estendi-as no céu de meu coração

E dei nome as constelações do meu ser

Entre elas brilhavam teus olhos que caíram ao solo como sementes e brotaram

Surgiu uma imensa árvore com muitos frutos

Sentamo-nos eu e tu a saboreá-los

E conversando decidimos a quem mais iríamos amar daqui em diante

E tu me olhou com teus olhos de estrela e disse...

A nós mesmos! A todos! E a mais ninguém...

E então eu disse... Certo, Adeus!




quarta-feira, 23 de julho de 2008

Auto Gestação



Não sei agora o que sentir, o que pensar

Sinto em mim um latejar

Mas lânguida e esquálida ainda estou

Todos os sentimentos, todas vontades que de mim ou de fora surgir

Digo Não!

Nada pode me parar, me atrasar de me cumprir

Quero viver o momento de sublimar

Sentir a metamorfose, o desabrochar

Esquecer todo o tormento de ter que transmutar

E em fim apenas me recriar

Me sinto semente em germinação

Na paz que me sinto e crescer

A tempestade passou , mas ainda ouço o ressoar do trovão

A umidade fértil me faz refrescar

O intimo árido do meu próprio ser

Nada agora a oferecer,

Nenhum espaço a conceder

A não ser ao que lá em meu coração já está

Quero agora mais me conhecer

Quero me amar

Organizar minha mente o lixo expulsar

Sentir a alegria da liberdade

Com sua brisa colorida e perfumada

Um sabor de mim, agora quero ter

Quero renascer

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Em Algum Momento Me Encontrei...




Em algum momento me encontrei...
Assim... Deslumbrada!
Vendo o brilho sereno das flores e suas almas perfumadas.
A alegria flanava livre.
Eu a sonhar!
A presentir o amor,
A encontrar...
Véus de brilhos luminosos,
A construir fantasias encantadas.


Em algum momento me encontrei...
Ferida! Rejeitada!
A perceber as sombras degustando minhas dores.
A tristeza me precipitava em lágrimas.
Labaredas negras me consumiam...
Eu prostrada!


Em algum momento me encontrei...
Tecendo forças...
Lancei os véus às labaredas,
Extingui as labaredas com minhas lágrimas,
Sorri serenamente e encontrei meu próprio aroma.
Amor por mim!
Eu a amar!


Em algum momento me encontrei,
Melhor do que antes e grata.
Sempre à despertar!

domingo, 29 de junho de 2008

Amaldiçoada



Ousastes sentir o que ainda te é proibido.
Ousastes desejar o que não mereces.
Vertestes de tua alma, em fonte, a sabedoria, mas confundistes a todos que de ti se aproximaram, misturando às águas fétidas e pútridas dos teus infernos.
Soubestes conquistar a quem contigo se iludiu, mas com o tempo demonstrou a verdade, não sabes conservar o que tem valor.
Ousastes expressar palavras de amor, quando este não é forte o suficiente nem por ti mesma.
Tens sido flagelo de corações abertos... Não sabes amar! Não és digna de tal!
Distribuiu dores adocicadas pelas tuas justificativas.
Não sabes doar, és limitada por quanto desconheces o que seja amor verdadeiro.
Teus conceitos absurdos, abmudos, abcegos, abstratos, absolutamente equivocados.
Com muito pouco te confundes. Necessitas de explicações amiúde.
Não te fazes misteriosa. Não proteges dos outros o teu mal, és livro aberto que oferece de tudo um pouco do que és, muito mais do pior, até a quem não merece.
Sim! O abandono é teu legado.
Teu único mérito é aprender mais e melhor a ficar só.
És criatura amorfa na escuridão.
Nada aprendestes que se possa por em prática, és vazia de sentido, repleta de teorias ambíguas.
Não há herói que te possa salvar de si mesma.
Não há esperanças de redenção no universo externo.
Adormeça! É hora de fechar os olhos para esse destino feliz que não te pertence.
Adormeça! Enquanto repousas talvez a maldição expire.
Adormeça para este mundo e trave sua batalha consigo mesma, até que mereças ser um dia, outra vez, mulher amada.
Adormeça este teu ego sórdido e desperte tua consciência para realidade.
Agora és criatura sem saber, se em involução ou evolução.
És ser iludido procurando felicidade fora de si e por isto és...
Amaldiçoada!


domingo, 15 de junho de 2008

O Varal



Não pude-lhe mostrar o amor...

Meu aroma, minha cor.

Protegeu-se e se esgueirou sob os muitos mantos de sentimentos presenteados.

Não pude-lhe mostrar toda verdade...

Ele preferiu deslumbrar-se com o encanto que causa aos olhos deslumbrados

Sempre pronto a sorrir e despertar algo, é sua necessidade.

Humana vaidade.

Em sua mente um varal repleto e enfeitado de afetos conquistados,

Debatem-se eles tentando tomar mais espaço,

Os adornos repelem-se vez ou outra, enciumados

E do coração sopra leve brisa agitando seus troféus,

Uma pulsação sem sentido, sem sentimentos, ao léu

Sem aspirar o perfume de suas fibras

Apenas admirando seus padrões inigualáveis

E ignorando-os vez ou outra para manter a rotina

Sentindo-se rei!

Já possui seu manto "irReal".

Sou entre eles apenas mais um, algumas listas, petit pois, florzinhas ou trançados

Me pré supus especial!

Iludi-me, sinto-me desbotada e assim já sou para os teus olhos de caçador

Que já mira a próxima nuance de cor

Preferiria cair ao chão num dia de chuva e lágrimas, desintegrar

Somente a ti pertencer

Tornar-me parte de você

Mas preferes deixar-me ao relento de tua vida.

Mas um dia a ventania...

Talvez outrora me sintas o perfume, mesmo que já então, aquecendo outro coração

E refletir... Perdi do varal uma bela cor.

Mas nunca se entristecer, pois sempre há outras belas cores...

Mas nunca se descuidar, pois sempre há ventanias...

Mente quem tem certeza do tempo.



segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Somos UM!

                                            Luminous Wind - Jonathon Earl Bowser

Há multidões dentro de nós ...
Muitas vidas, vividas...
Há um Universo em cada ser
Planetas, Pensamentos
Estrelas, Sentimentos
Cometas, Sonhos

Quando compartilhamos do que somos...
A luz de nossas Estrelas,
A vida de nossos Planetas
As cores de nossos Cometas

E nos revelamos a quem possa apreciar
E apreciamos ao que nos revelam...

Eis a Sintonia
A Harmonia
A Sinfonia da Vida

Eis a Amizade, o Amor
A expansão de nossos Universos

Que queiramos, cada vez mais, nos expandir
Nos unir no Amor em Harmonia e realizar uma vida Feliz
Pois Tudo e Todos Somos UM
E o UM é o Amor, a Luz, a Energia da Vida, a Divina Presença manifestada

Somos Vida!
Somos Luz!
Somos Amor!
Somos UM!

Namastê!

FELIZ NATAL!!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Amigos


Há momentos em que nos aproximamos tanto dos amigos

que adentramos em seus portais mais escondidos...


Portais expressos,

Abertos...

Em suas palavras...

Em um olhar...


Por vezes descobrimos coisas

que nem eles acessam em si mesmos...

... Pedras preciosas

E algumas também ilusórias.


Talvez nossas pedras rolem pelos olhares e palavras

chegando ao outro e deixando fragmentos

que só a alma, com sua sensibilidade, sente.


Talvez estes fragmentos agora façam parte de nossa alma.


Isabel Batista

sábado, 7 de julho de 2007

O Medo


Tenho medo do abismo que é o medo...
Que levanta paredes
Abre buracos
Constrói labirintos
Em minha alma

Tenho medo da dor que é o medo...
Que açoita os pensamentos
Encrava espinhos
Faz verter suores e sangue
De minha mente

Tenho medo da tristeza que é o medo...
Que fecha meus olhos
Cala meu grito
Estanca minhas lágrimas
Sufoca meu coração

Tenho medo do monstro que é o medo...
Que alimento inutilmente
Todos os dias
Com a minha apatia
Forjando dores e raivas,
Frustrações e tristezas
Ilusões...
Na minha vida, no meu dia-a-dia

O medo é um buraco por onde escapa minha luz
O medo é uma ferida por onde se esvai minha esperança
O medo é uma venda que me esconde a verdade
O medo é um monstro que me devora por dentro

Isabel Batista

segunda-feira, 4 de junho de 2007

O Beijo Que é Teu...



Há um beijo fugitivo de minha boca,
Tentando pra tua escapar.
Ele corre em meus lábios de um canto ao outro,
Ansioso para saltar,
Nos teus lábios mergulhar

Mais próximo! Ele sussurra...
Com meu olhar.
Daqui eu não te alcanço.
Vou me diluir no ar.
Quero meu destino...
Encontrar o teu sabor.

Mais próximo! Ele grita!
Quase se indo com um suspiro.
Aqui só há desejo.
Quero a satisfação!
Me dissolver em teu calor.

O beijo que é teu aguarda,
Insano ele aguarda o meu,
Em teus lábios encontrar.


Isabel Batista

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Sabor Musical


Tua voz...
Um sussurro, uma brisa vibrante a eletrizar meus sentidos...
Adormecidos!
O som dos teus lábios a amaciar as palavras aos meus ouvidos...
Antes ensurdecidos...

Tua respiração melódica, descompassada,
Rege em mim... Sinfonia de prazer.
A voz que acaricia, agredindo o meu pudor...
Agora a fenecer.

Um convite ensurdecedor que me faz delirar...
Em cada palavra expressa mais um grau...
De intenso calor.
Busco memórias de algum autocontrole,
Barreiras, inutilmente, eu tento levantar.
Tua presença atrevida ressoa com malícia...
Um perfumado e envolvente sabor.

Impõe-te como a brisa, como a chuva de verão...
Revigora-me esta liquidez de teu sopro.
Tão fresco e livre... Irresistível!... Como a paixão.
Tão quente e úmido, quanto o calor do teu corpo...
Que me desprende vapores... Ebulição!
E a fervura célere de minha contradição...

Com a deliciosa música sensual de tua voz,
Caço em mim resistências, e sou atroz...
Vou percorrendo meu intimo...
Agora buscando lembranças de propriedades iguais,

Mas nada existe antes e talvez, assim, não exista jamais!

Teu encanto faz dançar a serpente dos meus desejos...
Tua serpente envenena os meus, mais ardilosos, medos.
As sensações que me tomam fecundam meus devaneios...

Vou compondo o teu corpo, junto a mim entrelaçado,
Com notas destes teus sons que vão a me descompor...
Ora entrega!... Ora oposição!...
A continência lúgubre do passado...
Tomada e devastada por um salteador.

Eis a coragem!... Despeço-me da covardia!
Cativada e vencida. Entregue a cálida harmonia....
Vou me deixando levar pelo som e pelo sabor.

Aconchegada em teu peito como semente a germinar,
Em teu abraço envolvida como à água a me acariciar.
Transmutas o meu passado, guia-me ao meu próprio ser...
Me destruo! Me recrio! Mais completa a renascer.

Dentro de tua boca a banhar-me de prazer,
Deitada sobre tua língua a admirar o teu céu,
Contando estrelas sem mais me conter
Espalhando sementes de frutos doces e sonoros ao léu,

Ávida por tuas palavras que aguçam a fome de um corpo inteiro.
Marcada por lasciva música, sem mais haver dissonância...
Um momento, uma lembrança...

Talvez apenas... Um devaneio...

Isabel Batista

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Amaldiçoada


Ousastes sentir o que ainda te é proibido.
Ousastes desejar o que não mereces.
Vertestes de tua alma, em fonte, a sabedoria, mas confundistes a todos que de ti se aproximaram, misturando às águas fétidas e pútridas dos teus infernos.
Soubestes conquistar a quem contigo se iludiu, mas com o tempo demonstrou a verdade, não sabes conservar o que tem valor.
Ousastes expressar palavras de amor, quando este não é forte o suficiente nem por ti mesma.
Tens sido flagelo de corações abertos... Não sabes amar! Não és digna de tal!
Distribuiu dores adocicadas pelas tuas justificativas.
Não sabes doar, és limitada por quanto desconheces o que seja amor verdadeiro.
Teus conceitos absurdos, abmudos, abcegos, abstratos, absolutamente equivocados.
Com muito pouco te confundes. Necessitas de explicações amiúde.
Não te fazes misteriosa. Não proteges dos outros o teu mal, és livro aberto que oferece de tudo um pouco do que és, muito mais do pior, até a quem não merece.
Sim! O abandono é teu legado.
Teu único mérito é aprender mais e melhor a ficar só.
És criatura amorfa na escuridão.
Nada aprendestes que se possa por em prática, és vazia de sentido, repleta de teorias ambíguas.
Não há herói que te possa salvar de si mesma.
Não há esperanças de redenção no universo externo.
Adormeça! É hora de fechar os olhos para esse destino feliz que não te pertence.
Adormeça! Enquanto repousas talvez a maldição expire.
Adormeça para este mundo e trave sua batalha consigo mesma, até que mereças ser um dia, outra vez, mulher amada.
Adormeça este teu ego sórdido e desperte tua consciência para realidade.
Agora és criatura sem saber, se em involução ou evolução.
És ser iludido procurando felicidade fora de si e por isto és... Amaldiçoada!

Isabel Batista

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Desarmonia


A tristeza me toma assim de repente sem dó.
Este é o seu momento!
O tormento de se sentir só.
Procurar alguém e não ter sua atenção, seu tempo.
Ficar a merce do que se sente da dor... Em confusão!
A vida passa e nestes momentos é que sentimos,
Nos sentimentos, o pesar da razão.

Nada é mais solitário que o ser humano,
Preso em seu invólucro de carne
Em sua ilha de solidão.
Insignificância perante o mundo,
Diante das pessoas ... Seja Rei ou vagabundo.

Parece que a eternidade se move em um segundo...

Nada dói tanto quanto não ser capaz de ser suficiente pra si mesmo.
A mim mesma peço perdão!
Não poder com mais ninguém contar.
Aprender a perdoar!
A felicidade atrai, a tristeza não.

Me sinto assim...
Com emoções em turbilhões no meu peito.
Emoções das quais algumas não sei se aceito.
Como se elas me vestissem,
Com sua densidade, me cobrissem...
Hora triste
Hora serena,
Hora feliz,
Hora forte,
Sempre plena... De sentimentos.

Imóvel meu corpo no tempo padece,
As horas escoam e ressoa em mim a morte.
Mas a cada dia em mim a alma renasce.
E a cada etapa que finda, acabo percebendo...
Que a cada dia, pra renascer vou “remorrendo”
Que vou pela vida originando almas em mim.
Muitos ciclos.
A vida por mim!
Tudo acaba doendo.
Tudo acaba me fortalecendo.
Eu aprendendo!

Me sinto assim...
Chama de uma vela ao vento.
Frágil e persistente,
Em manter a chispa de vida e amor, em mim,
Sempre presente.

Atenho-me aos pensamentos.
Terão eles mais verdades que os sentimentos?
Ambos se fundem pra me fazer dar a luz
À um novo renascimento.

Meu coração não segue regras da velha e humana noção,
Em mim nascem sentimentos, sem esta velha versão.
Estou cansada de sentir em vão, vou criar um novo sentir.
Faço descobertas e vejo que os tesouros já tem dono.
Me faço arapuca, armadilha , alçapão.
Mas não há culpa na busca, de nada me arrependo não.

Não acredito mais na eternidade do sentimento imutável
Tudo muda tudo é instável.
Eu acredito no eterno amor transmutável!

O que me dói eu não sei...
Sem noção!
Mas algo se destrói...
Algo se constroi em mim!
Barreiras e obstáculos não quero derrubar, prefiro pular.
Não sei a altura disto,
... Sem noção!
Mas me permito descobrir esta emoção.

Me sinto assim...
Com meu coração em flor lançando sementes ao ar...
Onde há em outro a primavera a perfumar?

Meu coração beija-flor a procurar...
Onde haverá em outro em flor a desabrochar?

Meu coração nuvem carregada para amar.
Onde haverá outro de minha liquides sentimental a precisar?

Meu coração vento, em pensamento, a viajar...
Onde haverá em outro motivos para parar?

Meu coração metade do que poderia ser,
E está em outro a metade pra completar.

Até que o encontre eu busco!
Até que eu o perceba eu compreendo!
Até que eu mereça eu aprendo e amo...
O que está, é e o porvir.

Me sinto assim...
Sem noção!
Em desarmonia.
Mas por aprender a amar... Completa paixão!
.
Isabel Batista

domingo, 14 de maio de 2006

Gota de Mim


Sinto um mar revolto em mim,
Em ondas a explodir,
Tocando as paredes do meu ser
Sem ter lugar pra sair.
Mas por sob as ondas a paz e a harmonia
Com toda força, com toda vida a surgir.
As lágrimas são gotas
Do que respinga do íntimo do meu ser.
Os sorrisos um reflexo
Da energia que sinto crescer.
Portas abertas, olhos atentos,
Sentidos entorpecidos a despertar.
Não há respostas pra todas perguntas,
Mas há vontade de procurar.
Sou terra e sensação,
Sinto da lua Mãe a vibração.
O fogo me devora purifica meu momento.
A água verte de mim em suores de vontades,
De esforço pra libertar-se,
Em lágrimas, em sentimentos.
O ar sai convulsivo,
Alimentando minha auto criação.
Meus pensamentos livres viajam
Para respostas em plena ebulição.
Meus elementos!
Em redemoinhos meus sentimentos
Vão-se ao alto,
Desencravando flor e lixo.
Às vezes me sinto anjo,
Às vezes bicho!
Arrancados de mim o que não me pertence,
Mas o que é legado de todos os que aqui vivem,
Nesta vida sempre latente.
Coisa estranha e medonha
É sentir... sem saber o que...
O coração acessa toda verdade, antes da mente
Que entorpecida segue sem o perceber.
Sem alcançar o que realmente vale
Sem acessar o pleno êxtase de viver
O amor é o mestre maior, mas o ego...
Deixamos muitas vezes prevalecer.
Criaturas vivem em mim, meus monstros atrozes
Que fazem barulho constante,
Impedindo–me de ouvir o silencio da alma,
Que talvez ... agonizante,
Talvez nascente e vibrante...
Tomara realizante!
Minha alma, minha essência...
Sou gota dela ou ela de mim?
Vida interna alucinante!
Alma de vida reclamante!
Num eterno começo e fim.
.
Isabel Batista

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Meu Doce Amor



Ai! Que seria de mim sem este teu carinho úmido e caloroso
que alimenta e aquece meu coração?
Tua sinceridade contagiante, tua pureza cheia de malícia.
Tuas palavras me cativam,
me deliciam como sussurros doces em brisa suave.

Tua alegria é minha terna amiga que me dá a mão
a passear pelo êxtase que é estar em tua companhia.
És dono dos meus mais doces sonhos,
mas mesmo acordada tua “presença” me faz tão bem.
Minha alma é feliz e orgulhosa de merecer te encontrar.
Há a aridez em tantos caminhos em tantos corações,
mas o teu coração é doce e terno
e mesmo assim tão forte e cheio de sabedoria.

E tua maior e melhor sabedoria é este teu jeito meigo de amar
que se doa todo assim, sem barreiras até me alcançar,
onde quer que eu esteja, onde quer que meu coração possa estar.
Meu coração agradecido, de ti sempre vai lembrar, pois cada sentimento
com que me tocas nele é incluído e sempre aqui em mim vai estar.
Serei melhor por toda vida por que um dia te encontrei
e mesmo quando me tornar gota no grande oceano,
levarei teu amor em minha alma
como um tesouro que sempre guardarei.

És meu doce amor e eternamente vou te amar.

Te Amo Meu Docinho!


Isabel Batista

segunda-feira, 1 de maio de 2006

MITOSE DO CORAÇÃO



Dois amores eu tenho, dois amores eu confesso.
Não há nada igual entre eles,
mas partes de mim amam cada um;
Incondicionalmente, eu temo,
Com toda verdade impossível de acreditar.
Um que me faz feliz outro que me faz melhor.
Não há como misturá-los em uma única receita;
Não há como fundir em uma só existência tudo que amo,
em um só ser...
Apenas posso unir meus dois amores em mim mesma
em meu coração
E dele dividir em partes iguais um espaço pleno e infinito.
No entanto nada falta em cada um,
são completos e maravilhosos,
Mas que se fossem um,
seriam um ser tão próximo da divindade.
Quero gritar aos quatro ventos e quantos mais houver
Pra que saibam que amar assim, não é impossível,
Ou talvez seja eu uma pessoa improvável.
Um paradoxo, um mistério.
Não há o que fazer em prol do amor completo em mim,
Apenas a renuncia traz de fato a solução.
Impedir um para que outro seja mais real.
Escolher um caminho, tentar a sorte.
Em fim me despedirei do coração mais forte.
Ou talvez manter apenas as aparências me calar no sentir, mentir.Mas impossível dar a outro o que não lhe pertence.
Mas posso guardar no fundo de minha alma a verdade,
Calar-me ao mundo externo,
Deixar o tempo levar...
Mas queria eu ser duas
Queria que houvesse a possibilidade de, com toda verdade,
Amar plenamente o que pra mim merece ser amado,
O que pro meu coração é impossível não amar
Mas tenho que dizer isto no plural... “meus corações”
Serei eu também mais de um ser em mim?
Meus amores confessos.
Meus amores sagrados.
Meu amor completo.
Na eternidade está o teu lar,
Mas no segredo e talvez no esquecimento vais ficar.
Mesmo assim, tenho a certeza
que a felicidade todos vamos alcançar.

quinta-feira, 9 de março de 2006

Meu Gato



Sete vidas numa existência.
Alma em forma bestial.

O que me contas do teu mundo,

Perfeito ser ágil e sensual?

Teu jeito me conta um segredo...

Caça e roubo! Fuga e medo!


Gosto de tua cordial saudação...

Imprevisível! Nunca da mesma direção.

Agora pare! Ou vais me tombar,

Sinto teu vulto em meus pés a dançar.

Mas onde estavas antes de eu chegar,

Infiel de perversa doçura?

Aconchega-se a minha presença,

Na minha ausência outros procura.

Teu interesse é só saciarte,

Leio em teus olhos toda a verdade.

Por vezes em meu colo

Prisioneiro de calorosa amizade,

Logo indiferente busca a liberdade.


Mas não me enganas matreiro felino,

Deves estar onde é proibido...


Doce e macio como mel e veludo,
Ouço no quarto teu ronronar.

És meu amigo ou impostor oculto?

Ora! Ora! Onde foi se aninhar!


Dois lumes perdidos na escuridão,

Olhos faiscantes de transgressão.

Tira fora tua coroa felpuda,

Mostra-me tua malvadeza desnuda.

Faz brincadeiras de encantamento,
Ora ira, ora carinho.

Garras gestantes de atrevimento,

Ora flor, ora espinho.


Dizem que vês outras dimensões,

Não tenho os teus olhos pra tal confirmar,

Mas olhas prum canto muito nervoso...

Pare bichano! Ou vou me assustar.

Pula em meu colo, sinto um alívio.

Amo e detesto teu jeito atrevido.

Já em meu peito vai se aninhando

Com um miado a debochar.

Teus olhos não mentem animal cruel,

Tu és doce e puro como mel


Vejo-me em flashs de tua vida,
Em tua felina forma de amar.
Instinto mestral na caça do tempo,

Pois parada ainda estou a te acariciar.


Mestre metálico do Astral,

Guia-me pela Quarta Vertical.

És mestre também no encantamento,

Pois aqui ainda estou a te rimar.

Isabel Batista

sexta-feira, 3 de março de 2006

O MUndo



A vida acontece em mundos mágicos,
Onde talvez não sejamos o que somos,
Mas o que queríamos ser.
Mas em fim, talvez sejamos os mesmos,
Sem ao menos perceber.

Os sentimentos fluem em condutos virtuais
Aos olhos de quem não compreende...
Seres tão banais.
Horas perdidas, esquecidas,
Horas ilegais.

Somos lá uma faceta do que somos?
Ou uma criação, simples RPG?
Raivas, frustrações, amizades, carinho, amor.
Tudo lá nasce e morre,
Do êxtase da vitória à dor

Vidas mal dormidas,
Vidas famintas de tudo e em todo lugar viver.
Jogo insólito que a mente invade.
Ser o maior, ser forte.
A si mesmo vencer.

Vidas paralelas,
Ligações instituídas,
Contatos adicionados,
Corações encantados,
Futuros acertados.

Verdades não assimiladas,
Nem sempre descobertas.
Encontros e desencontros,
Enquanto os nossos próprios
“Fazem” que adormecem,
Matamos outros monstros.

Um mundo mágico onde há vida
Experiência adquirida.
Impressões! Expressões!
Onde nos escondemos nos mostrando.
Guerreiros cibernéticos,
Sobre a vida flutuando.

Nem sempre o Mal é o que parece,
Em máscaras de força a sensibilidade transparece.
Nem sempre o que é Dark não tem luz,
Os sentimentos resplandecem.

Às vezes sentimentos renascem,
Às vezes no tempo fenecem.
Mas em todo lugar, virtual ou real...
Vida é vida! Emoções! Ilusões!
A verdade está contida,Em nossos corações.

Isabel Batista