Falando em momentos... Há épocas em nossas vidas que tudo acontece ao mesmo tempo, encontros, desencontros, finais, coisas pendentes à resolver, novos prazeres, velhas dores.
Durante toda vida este movimento vai fazendo com que, de evento em evento, ela ande, pause, continue. Mas o pior que nos pode acontecer é começar a pensar que somos culpados pelas coisas mal resolvidas, erros e omissões e não merecedores das boas possibilidades e acontecimentos.
Tentar enxergar a luz e saber que ela está em algum lugar, mas não a ver, não a alcançar. E não é a inexistência dela que aflige, por que acretido que sempre há uma luz, mas o fato de estarmos de olhos fechados para ela, por medos, por orgulhos, por auto piedades, por falta de auto estima... Não abrimos os olhos. Não descobrimos as verdades.
Queria gritar... Socorro! Mas me vem a mente e ao coração que talvez não haja como alguém me fazer enxergar. Não é responsabilidade de ninguém fazer isto, se não minha mesma. Todos tem suas vidas e seus próprios labirintos para percorrer. Me resta ser minha própria resposta, meu proprio auxílio.
Sei que em algum momento, e espero que não seja no derradeiro, vou encontrar a luz e talvez até mais que isto, pois depois de tanto tempo na cegueira da vida, talvez este despertar seja uma explosão de consciência... Que não tarde eu suplico as divindades!
Por agora estou estática sem saber se ando e pra que lado. Por agora tenho que me permitir parar pra poder pensar e não posso, quero me permitir me amar e ser amada mas não sei se mereço. Neste instante não sei o que sou ou quem sou. E se colocar aqui neste espaço , exatamente como me sinto não vou conseguir me perdoar, pois é um momento em que me sinto simplismente só, realmente em má companhia comigo mesma, cheia de auto piedade, uma chorona patética.
Coisas boas estão acontecendo em minha vida e elas tem um valor inestimável, não só pelo que significam por si só, mas por que me fazem perceber que vida vale a pena. Mas ao mesmo tempo sofrimentos, feridas antigas e sempre reabertas, ao mesmo tempo a dor de ser quem sou e não conseguir ser melhor. Ao mesmo tempo a culpa de dar este tempo até pra escrever o que sinto e não estar fazendo o que deveria fazer. Ao mesmo tempo a culpa de que sei que estou fragil e não estou conseguindo cuidar de mim mesma e há outras pessoas que precisam do meu equilibrio, uma em especial que precisa de minha atenção e carinho, que dei a vida e agora sou responsável por ela. Outras que fazem parte de minha vida e precisam de minha atenção, meu auxílio, da prova de minhas palavras e promessas, o que é muito justo. Não há amor sem atitudes.
Acho que em fim é isto que tenho a dizer a mim mesma... Atitude!... Só há amor com atitudes!
E prometo a mim mesma tentar... Não! Eu prometo a mim mesma conseguir.
Eu vou conseguir!
Sou o palco, o cenário, o elenco, os críticos, a platéia deste meu ser. Serei eu também a luz que vai iluminar e mostrar a arte e o movimento deste espetáculo.
As máscaras cairam, mas o espetáculo não pode parar!
Isabel Batista
Um comentário:
B. sua poesia é 10
Estive lendo esta poesia varias vezes, algo me chamou atenção!!!
tipo numa multidão alguem gritou meu nome mas cade? onde tá essa pessoa? eu tenho certeza que ouvi alguem gritar meu nome!
"perdi de vista, talvez eu nem tenha visto"
"talvez seja apenas uma lembrança de alguem que eu tenha gostado muito"
será que vi um fantasma?
"talvez seja algo que me asombra que veio a tona por eu ter lido uma palavra chave"
Seja la o que for eu mesmo tenho que resolver e no meu caso não é um raladinho é sim uma ferida!
fica com Deus
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